terça-feira, 18 de maio de 2010
Uma chance.
Lembra-se quando o Flamengo estava última vez tão perto das semifinais de Libertadores? Então, nem eu! Só temos uma chance, veja bem, uma única chance. Será quinta próxima, vai até passar na televisão. Para os rubro negros assistirem seu time, os onze já conhecidos. Até mais, pelo menos nove titulares e uns seis reservas. Temos uma coluna na equipe que é antiga. O otimista Bruno, costuma atuar bem em jogos decisivos. A defesa boa de ataque: Angelim, Leo Moura e Juan (esse último sempre cabreiro, pé atrás...). Mestre Willians (no plural... sic). E o ataque, como vai o ataque, meu bem?! Vamos ver. Mas nada disso servirá se falharmos. Os noventa e poucos minutos de bola rolando serão reduzidos ao 1 - único - um jogo.
Talvez não venhamos a falhar. O outro time é composto por jogadores de seleções, se não me engano são cinco. Brasileiros jogando contra gringos bons de bola. Nosso histórico não favorece. Já erramos três vezes, pelo uma inaceitável. Temos outra chance. Mais uma. Última. A torcida foi ao estádio na chuva. Também vimos a patinada contra os paulistas. Em tempo, faltou espaço pro Hernanes nos treinos experimentais de células tronco do Dunga. Tanta "meia colher" naquele time, podia ter olhado para os nossos.
Acho que já comentei com meu colega tricolor uma de minhas memórias. Procurando agora no Google, vi que já não era tão criança. Foi no dia sete de outubro de noventa e nove. FLA 7 X O UNI. Quatro gols de Romário. Na minha memória isso agora é novo. Lembro-me de estar sentado no chão da sala, que era dividida pelo sofá de costas para a mesa de jantar. Minha mãe sentada à mesa, corrigindo provas (hábito comum até hoje, acho que no meu caso é genético). Era a noite, meu pai estava no sofá. A luminária acima da mãe escurecia meu pai. Pelo rádio ouvia-se o jogo. Lembro-me de vários "Romário", "Flamen-go-go-go" e "U-ni-ver-si-dad do Chi-le, zero!". Se pelo menos houvesse uma chance de viajar no tempo.
O jogo será decisivo. Nosso atacante do amor sabe o que é uma boa oportunidade. Teve várias, nos mais diferentes jogos. É artilheiro mas estatisticamente necessita de erros para obter acertos. Nas palavras do escritor Daniel Pennac: "estatisticamente tudo se explica, pessoalmente tudo se complica". Esperamos boas atuações de Love e Abriano. Que o último guarde sua euforia vitoriosa para depois do jogo. Seus hábitos de entreterimento atrapalharam na última chance de ir a essa Copa.
Enfim, o FLA X FLU está chegando, em dois domingos. SUDERJ informa: tricolores, haja o que houver, não saiam do jogo ao fim do primeiro tempo.
Urubu Folgado
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